1 - Quanto ao segurado:
Da Aposentadoria por Invalidez
Seção I
Da Aposentadoria por Invalidez
Art. 14. A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxÃlio-doença, for considerado incapaz de readaptação para o exercÃcio de seu cargo e ser-lhe-á paga a partir da data do laudo médico-pericial que declarar a incapacidade e enquanto permanecer nessa condição.
§1º Os proventos da aposentadoria por invalidez serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave contagiosa ou incurável;
§2º Os proventos não poderão ser inferiores a 70% do valor calculado na forma estabelecida no art. 40 desta lei.
§ 3º Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercÃcio do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 4° Equiparam-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuÃdo diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de serviço;
b) ofensa fÃsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperÃcia de terceiro ou de companheiro de serviço;
d) ato de pessoa privada do uso da razão; e
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
III - a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercÃcio do cargo; e
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de serviço:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao MunicÃpio para lhe evitar prejuÃzo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço, inclusive para estudo quando financiada pelo MunicÃpio dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veÃculo de propriedade do segurado; e
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veÃculo de propriedade do segurado.
§ 5º Nos perÃodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o servidor é considerado no exercÃcio do cargo.
§ 6º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o parágrafo segundo, as seguintes:
a) Tuberculose ativa;
b) HansenÃase;
c) Alienação mental;
d) Neoplasia maligna;
e) Cegueira;
f) Paralisia irreversÃvel e incapacitante;
g) Cardiopatia grave;
h) Doença de Parkinson;
i) Espondiliartrose anquilosante;
j) Nefropatia grave;
k) Estado avançado de doenças de Paget (osteÃte deformante);
l) SÃndrome da deficiência imunológica adquirida – AIDS;
m) Contaminação por radiação;
n) Outras doenças que a Lei Federal venha a indicar ou que o órgão da Biometria Médica através de pronunciamento circunstanciado e com base em conclusões da medicina especializada declarar como graves, contagiosas ou incuráveis.
§ 7º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial do órgão competente.
§ 8º O pagamento do benefÃcio por invalidez decorrente de alienação mental somente será pago ao respectivo curador do segurado, nos termos do Código Civil.
Da Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuição
Art. 16. O segurado fará jus à aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição com proventos calculados na forma prevista no art. 40, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - tempo mÃnimo de dez anos de efetivo exercÃcio no serviço público federal, estadual, distrital e municipal;
II - tempo mÃnimo de cinco anos de efetivo exercÃcio no cargo em que se dará a aposentadoria; e
III - sessenta anos de idade e trinta e cinco anos de tempo de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta anos de tempo de contribuição, se mulher.
§ 1º Os requisitos de idade e tempo de contribuição previstos neste artigo serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercÃcio da função de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 2º Para fins do disposto no parágrafo anterior, considera-se função de magistério a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala de aula.
Aposentadoria compulsória
Seção II Da Aposentadoria Compulsória Art. 15. O segurado será aposentado aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição calculados na forma estabelecida no art. 40, não podendo ser inferiores ao valor do salário mÃnimo. Parágrafo único. A aposentadoria será declarada por ato da autoridade competente, com vigência a partir do dia imediato à quele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço público.
Da Aposentadoria por Idade
Art. 17. O segurado fará jus à aposentadoria por idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma prevista no art. 40 desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - tempo mÃnimo de dez anos de efetivo exercÃcio no serviço público federal, estadual, distrital e municipal;
II - tempo mÃnimo de cinco anos de efetivo exercÃcio no cargo em que se dará a aposentadoria; e
III - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher.
Do Auxilio Doença
Art. 18. O auxÃlio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos e consistirá no valor de seu último subsÃdio ou de sua última remuneração.
§1º Será concedido auxÃlio-doença, a pedido ou de ofÃcio, com base em inspeção médica.
§2º Findo o prazo do benefÃcio, o segurado será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação do auxÃlio-doença, pela readaptação ou pela aposentadoria por invalidez.
§3º Nos primeiros quinze dias consecutivos de afastamento do segurado por motivo de doença, é responsabilidade do MunicÃpio o pagamento da sua remuneração.
§4º Se concedido novo benefÃcio decorrente da mesma doença dentro dos sessenta dias seguintes à cessação do benefÃcio anterior, este será prorrogado, ficando o MunicÃpio desobrigado do pagamento relativo aos primeiros quinze dias.
§5º O segurado em gozo de auxÃlio-doença, insusceptÃvel de readaptação para exercÃcio do seu cargo deverá ser aposentado por invalidez.
Do Salário Família
Art. 21. Será devido o salário-famÃlia, mensalmente, ao segurado ativo de baixa renda que receba remuneração ou subsÃdio igual ou inferior ao valor estabelecido pelo RGPS, na proporção do número de filhos ou equiparados até quatorze anos de idade ou inválido.
§1º O valor do salário-famÃlia será corrigido pelos mesmos Ãndices aplicados aos benefÃcios do RGPS.
§ 2º O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do sexo feminino, terão direito ao salário-famÃlia, pago juntamente com a aposentadoria.
Art. 22. Quando pai e mãe forem segurados do RPPS, ambos terão direito ao salário-famÃlia.
Parágrafo único. Em caso de divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-famÃlia passará a ser pago diretamente à quele a cujo cargo ficar o sustento do menor.
Art. 23. O pagamento do salário-famÃlia está condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado.
Art. 24. O salário-famÃlia não se incorporará ao subsÃdio, à remuneração ou ao benefÃcio para qualquer efeito.
Do Salário-Maternidade
Seção VI
Do Salário-Maternidade
Art. 19. Será devido salário-maternidade à segurada gestante, por cento e vinte dias consecutivos, com inÃcio entre vinte e oito dias antes do parto e a data de ocorrência deste.
§1º Em casos excepcionais, os perÃodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados em mais duas semanas, mediante inspeção médica.
§2º O salário-maternidade consistirá numa renda mensal igual ao último subsÃdio ou à última remuneração da segurada.
§3º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
§4º O salário-maternidade não poderá ser acumulado com benefÃcio por incapacidade.
Art. 20. À segurada que adotar, ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelos seguintes perÃodos:
I - 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1(um) ano de idade;
II - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade; e
III - 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade).
Do Abono Anual
Art. 33. O abono anual será devido à quele que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria, pensão por morte, auxÃlio–reclusão, salário-maternidade ou auxÃlio-doença pagos pelo FUNPREV.
Parágrafo único. O abono de que trata o caput será proporcional em cada ano ao número de meses de benefÃcio pago pelo FUNPREV, em que cada mês corresponderá a um doze avos, e terá por base o valor do benefÃcio do mês de dezembro, exceto quanto o benefÃcio encerrar-se antes deste mês, quando o valor será o do mês da cessação.
1 - Quanto ao dependente:
Da Pensão por Morte
Seção VIII
Da Pensão por Morte
Art. 25. A pensão por morte consistirá numa importância mensal conferida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos nos arts. 8º e 9º, quando do seu falecimento, correspondente à :
I – totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefÃcios do RGPS, acrescida de setenta por cento da parcela excedente a este limite; ou
II – totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo na data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefÃcios do RGPS, acrescida de setenta por cento da parcela excedente a este limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor ainda estiver em atividade.
§1º Será concedida pensão provisória por morte presumida do segurado, nos seguintes casos:
I – sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária competente; e
II - desaparecimento em acidente, desastre ou catástrofe.
§ 2º A pensão provisória será transformada em definitiva com o óbito do segurado ausente ou deve ser cancelada com reaparecimento do mesmo, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
Art. 26. A pensão por morte será devida aos dependentes a contar:
I – do dia do óbito;
II – da data da decisão judicial, no caso de declaração de ausência; ou;
III – da data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou catástrofe, mediante prova idônea.
Art. 27. A pensão será rateada entre todos os dependentes em partes iguais e não será protelada pela falta de habilitação de outro possÃvel dependente.
§ 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefÃcio mediante prova de dependência econômica.
§ 2º A habilitação posterior que importe inclusão ou exclusão de dependente só produzirá efeitos a contar da data da inscrição ou habilitação.
§ 3º O pensionista de que trata o § 1º do art. 25 deverá anualmente declarar que o segurado permanece desaparecido, ficando obrigado a comunicar imediatamente ao gestor do FUNPREV o reaparecimento deste, sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente pelo ilÃcito.
Art. 28. A cota da pensão será extinta:
I – pela morte;
II – para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos, salvo, se inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau cientÃfico em curso de ensino superior.
III – pela cessação da invalidez. Art. 29. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, observado o disposto no art. 58.
Art. 30. Será admitido o recebimento, pelo dependente, de até duas pensões no âmbito do RPPS, exceto a pensão deixada por cônjuge, companheiro ou companheira que só será permitida a percepção de uma, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Parágrafo Único. Não faz jus à pensão o dependente condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.
Art. 31. A condição legal de dependente, para fins desta Lei, é aquela verificada na data do óbito do segurado, observados os critérios de comprovação de dependência econômica.
Parágrafo único. A invalidez ou a alteração de condições quanto ao dependente, supervenientes à morte do segurado, não darão origem a qualquer direito à pensão.
Do Auxílio-Reclusão
Seção IX
Do AuxÃlio-Reclusão
Art. 32. O auxÃlio-reclusão consistirá numa importância mensal, concedida aos dependentes do servidor segurado de baixa renda, recolhido à prisão que tenha remuneração ou subsÃdio igual ou inferior ao valor estabelecido pelo RGPS e que não perceber remuneração dos cofres públicos e corresponderá à última remuneração do segurado no cargo efetivo.
§ 1º O valor limite referido no caput será corrigido pelos mesmos Ãndices aplicados aos benefÃcios do RGPS.
§ 2º O auxÃlio-reclusão será rateado em cotas-partes iguais entre os dependentes do segurado.
§ 3º O auxÃlio-reclusão será devido a contar da data em que o segurado preso deixar de perceber dos cofres públicos.
§ 4º Na hipótese de fuga do segurado, o benefÃcio será restabelecido a partir da data da recaptura ou da reapresentação à prisão, nada sendo devido aos seus dependentes enquanto estiver o segurado evadido e pelo perÃodo da fuga.
§ 5º Para a instrução do processo de concessão deste benefÃcio, além da documentação que comprovar a condição de segurado e de dependentes, serão exigidos:
I - documento que certifique o não pagamento do subsÃdio ou da remuneração ao segurado pelos cofres públicos, em razão da prisão; e
II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado à prisão e o respectivo regime de cumprimento da pena, sendo tal documento renovado trimestralmente.
§ 6º Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remuneração correspondente ao perÃodo em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxÃlio-reclusão, o valor correspondente ao perÃodo de gozo do benefÃcio deverá ser restituÃdo ao FUNPREV pelo segurado ou por seus dependentes, aplicando-se os juros e Ãndices de correção incidentes no ressarcimento da remuneração.
§ 7º Aplicar-se-ão ao auxÃlio-reclusão, no que couberem, as disposições atinentes à pensão por morte.
§ 8º Se o segurado preso vier a falecer na prisão, o benefÃcio será transformado em pensão por morte.
Do Abono Anual
Do Abono Anual
Art. 33. O abono anual será devido à quele que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria, pensão por morte, auxÃlio–reclusão, salário-maternidade ou auxÃlio-doença pagos pelo FUNPREV.
Parágrafo único. O abono de que trata o caput será proporcional em cada ano ao número de meses de benefÃcio pago pelo FUNPREV, em que cada mês corresponderá a um doze avos, e terá por base o valor do benefÃcio do mês de dezembro, exceto quanto o benefÃcio encerrar-se antes deste mês, quando o valor será o do mês da cessação.